Como uma flor de lótus, o poeta extrai o belo do lodo


Todo poeta é um triste“.*

O poeta ao decretar esta sentença, ratifica o sentimento que não é privilégio dos seus pares apenas, mas, um sentimento comum: o culto ao mórbido e a infelicidade que habitam no passado e no futuro.

A alegria, a felicidade e outros sentimentos afins não inspiram, pois, por possuírem um “status” no agora, não permitem o distanciamento mínimo que leva a hipotéticas perdas e gera a saudade, o desejo, a tristeza, o arrependimento, o ressentimento e outros sentimentos que nos tiram os pés do chão e nos reportam ao antes e ao depois.

As pessoas comuns só sentem. O poeta lhes da forma, atribui significados e lhes extrai alquimicamente a beleza.

*Drumond

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